"Começamos a pensar se vamos ou não fazer uma festa, se esta será ou não apresentada aos pais, se terá teatro, dança, música, enfim, tudo aquilo a que estamos normalmente habituados, mas a minha questão para este mês é: Será que as festas são para os meninos se divertirem ou apenas algo bonito para mostrarmos aos pais naquele dia especial, naquela sala especial e àquela hora marcada que os pais anseiam que chegue rapidamente para poderem ver os seus filhos a brilhar em cima de um palco?
A verdade é que esta é uma pergunta de resposta muito difícil, pois se por um lado a equipa de trabalho cria grandes expectativas em redor da festa, os pais criam ainda mais no que se refere aos seus filhos. Nem sempre tudo corre como planeámos, na hora de subir ao palco a criança chora inconsolável, porque já viu a família na plateia, os nervos estão à flor da pele e os pais dizem-nos que mesmo a chorar os meninos devem subir ao palco e cumprir a sua parte na festa (...).
MAS SERÁ QUE NÃO HÁ FORMA DE CONTORNAR TODOS ESTES OBSTACULOS?
Parece-me que sim e cada vez mais falamos na individualidade de cada um e nos direitos que cada criança tem de escolher aquilo que quer fazer e quando o quer fazer. É engraçado que durante o tempo que antecede o grande espectáculo, os pais contam-nos entusiasmados que os filhos andam pela casa a trautear a música que vão cantar, ou ainda a dizer as falas que lhes competem no teatro, mas quando chega o grande dia... esquecem a música, recusam-se a falar e
acaba por ser para todos uma enorme frustração. (...)
Pais inconformados, partilham uns com os outros que de facto ele, ou ela, sabiam tudo e não entendem por que é que não disseram, a equipa que tanto ensaiou, que tanto batalhou e que tantas horas perdeu fica triste e até um pouco desiludida e as Crianças, essas acreditem que são as que mais sofrem, pois "falharam" perante os pais e familiares, perante a equipa, os colegas e principalmente perante elas próprias. A nossa profissão exige-nos frequentemente o respeito pela criança como ser individual e pelo grupo de crianças que temos connosco e por isso, de forma a que todos saiam felizes do tão esperado e ansiado dia, nada melhor que fomentar a comunicação do grupo, possibilitar o intercâmbio de ideias e obter consensos em algumas decisões.
As crianças muitas vezes idealizam a sua festa, vêem-se a dançar em cima de um palco, a vestir um personagem que admiram ou até simplesmente a dizer um adeus para a plateia, mas nós equipa de trabalho imaginamos algo diferente, um teatro superelaborado, com muitas deixas e textos para decorar, roupas ornamentadas que têm tanto de bonitas como de desconfortáveis e aí o respeito não funciona, pelo que temos de facto que criar alternativas, alternativas viáveis para que todos os intervenientes fiquem felizes e realizados com o resultado final. Porquê não mostrar aos pais todos os momentos de grande alegria que os meninos passam no dia-a-dia da escola, por que fazê-los vestir uma roupa que não gostam, cantar e dançar o que não sabem. As festas de Natal podem e devem ser um momento de alegria para, principalmente as crianças, não esquecendo que realmente elas são o mais importante no processo educativo e principalmente na nossa vida.
Deixo-vos muitas questões em aberto, mas espero que juntos com os "vossos" meninos possam ter muitas e muitas festas cheias de alegria, paz e amor, tal como se deseja no Natal!
Um Feliz Natal a Todos!"
A verdade é que esta é uma pergunta de resposta muito difícil, pois se por um lado a equipa de trabalho cria grandes expectativas em redor da festa, os pais criam ainda mais no que se refere aos seus filhos. Nem sempre tudo corre como planeámos, na hora de subir ao palco a criança chora inconsolável, porque já viu a família na plateia, os nervos estão à flor da pele e os pais dizem-nos que mesmo a chorar os meninos devem subir ao palco e cumprir a sua parte na festa (...).
MAS SERÁ QUE NÃO HÁ FORMA DE CONTORNAR TODOS ESTES OBSTACULOS?
Parece-me que sim e cada vez mais falamos na individualidade de cada um e nos direitos que cada criança tem de escolher aquilo que quer fazer e quando o quer fazer. É engraçado que durante o tempo que antecede o grande espectáculo, os pais contam-nos entusiasmados que os filhos andam pela casa a trautear a música que vão cantar, ou ainda a dizer as falas que lhes competem no teatro, mas quando chega o grande dia... esquecem a música, recusam-se a falar e
acaba por ser para todos uma enorme frustração. (...)
Pais inconformados, partilham uns com os outros que de facto ele, ou ela, sabiam tudo e não entendem por que é que não disseram, a equipa que tanto ensaiou, que tanto batalhou e que tantas horas perdeu fica triste e até um pouco desiludida e as Crianças, essas acreditem que são as que mais sofrem, pois "falharam" perante os pais e familiares, perante a equipa, os colegas e principalmente perante elas próprias. A nossa profissão exige-nos frequentemente o respeito pela criança como ser individual e pelo grupo de crianças que temos connosco e por isso, de forma a que todos saiam felizes do tão esperado e ansiado dia, nada melhor que fomentar a comunicação do grupo, possibilitar o intercâmbio de ideias e obter consensos em algumas decisões.
As crianças muitas vezes idealizam a sua festa, vêem-se a dançar em cima de um palco, a vestir um personagem que admiram ou até simplesmente a dizer um adeus para a plateia, mas nós equipa de trabalho imaginamos algo diferente, um teatro superelaborado, com muitas deixas e textos para decorar, roupas ornamentadas que têm tanto de bonitas como de desconfortáveis e aí o respeito não funciona, pelo que temos de facto que criar alternativas, alternativas viáveis para que todos os intervenientes fiquem felizes e realizados com o resultado final. Porquê não mostrar aos pais todos os momentos de grande alegria que os meninos passam no dia-a-dia da escola, por que fazê-los vestir uma roupa que não gostam, cantar e dançar o que não sabem. As festas de Natal podem e devem ser um momento de alegria para, principalmente as crianças, não esquecendo que realmente elas são o mais importante no processo educativo e principalmente na nossa vida.
Deixo-vos muitas questões em aberto, mas espero que juntos com os "vossos" meninos possam ter muitas e muitas festas cheias de alegria, paz e amor, tal como se deseja no Natal!
Um Feliz Natal a Todos!"
Texto de: Dina Afonso Florêncio, Educadora de Infância
Neste Natal, as crianças vão ao circo no Talvaizinho... vão ser elas as espetadoras, de um circo que está a ser montado no gimnodesportivo do colégio, com a colaboração dos estagiários do curso profissional de animação. Haverá também pequenas atuações de cada sala, mas sem dramas, sem nervosismos, pois o público são mesmo as crianças. A festa de natal será na próxima quinta feira, da parte da manhã. Ainda na sexta feira, durante o período da manhã, o pai natal virá de comboio ao Talvaizinho, para nos levar a dar umas voltinhas por Famalicão e andarmos nos divertimentos que se encontram na Praça D.Maria II e, para espaçarmos as emoções, o Pai Natal, irá aparecer apenas durante a tarde de sexta-feira.
Aproveitámos, desde já para convidar toda a nossa comunidade educativa a assistir ao cantar dos reis, que se realizará tanto no palco da Casa das Artes de Famalicão (ainda não sabemos o horário), bem como, ao final da tarde do dia 06/01, no colégio, festividade esta cantada e tocada pelos talvaizinhos, dando-vos assim as alegrias renovadas para um novo ano e ajudando a preservar uma tradição local e um património cultural tão importante.
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