... para crianças dos 2 aos 3 anos
Cada criança tem o seu próprio ritmo de crescimento, não é por uma criança começar a andar tarde, aos 3 anos usar fralda, não gostar de comer, principalmente comida saudável, não gostar de partilhar quando brinca com outras crianças e que gostaria de enviar a irmã mais nova de volta para o hospital que não é normal! Cada criança tem o seu tempo para explorar os seus horizontes.
Ela aprende a andar e a fugir; aprende a falar e a dizer não; aprende a construir torres e a deitá-las abaixo; aprende a brincar com outras crianças e a zangar-se com elas; aprende a comer sozinha e a atirar com a comida; ela pode abraçar a mãe ou não quer nada com ela.
Nenhuma criança nesta idade sabe exactamente o que é o bem e o que é o mal, mas uma coisa elas sabem muito bem - analisar em cada situação a atitude dos pais e através desta criar a sua visão do mundo, as suas próprias regras.
Aqui estão algumas regras que considero importantes para as crianças entre os 2 e ou 3 anos e também exemplos do que não deve acontecer.
''Eu mando!"
• "Quando eu tiro alguma coisa das mãos de outra criança, eu posso ficar com ela";
• "Quando eu não quero determinada comida, a minha mãe faz outra só para mim";
• "Quando me atiro ao chão e grito, dão-me imediatamente o que eu quero";
• "Eu sei quando preciso ir à casa de banho, mas quando eu me recuso a ir, a mamã limpa-me e veste-me uma fralda nova";
Reconhece no seu filho estes pontos em contextos semelhantes? Então ele está a aprender a regra:
"Acontece sempre o que eu quero. O que acontece com os outros não importa."
"Os meus pais mandam com autoridade e rigidez!"
• "Quando eu tiro alguma coisa das mãos de outra criança, levo uma palmada no rabo";
• "Quando eu não quero determinada comida, tenho que a comer à força";
• "Quando eu me atiro ao chão zangado, berram comigo e batem-me";
• "Eu tenho que ficar sentado na sanita até que faça alguma coisa";
Aqui ao contrário das situações anteriores o poder dos pais domina. Os pais não tem consideração com a criança, não se importam como o que este sente. Esta postura dos pais torna a criança confusa e reprimida.
Ambos os tipos de regras mencionadas acima têm desvantagens significativas e os pais devem decidir-se por outro caminho, através do qual a criança aprende a assumir responsabilidades:
• "Quando eu tiro alguma coisa das mãos de outra criança, a mamã tira-me e devolve a quem eu tirei";
• "Quando eu não quero determinada comida, tenho que esperar até à próxima refeição";
• "Quando me atiro ao chão e grito, a minha mãe deixa de me dar atenção";
• "Eu não uso mais fralda mesmo que por vezes faça xixi nas calças";
A vossa postura perante as atitudes dos vossos filhos é a chave para o seu desenvolvimento, a criação dos seus limites e regras. Educar criando limites não é fácil, mas é muito importante como pais, ser firme e de confiança para os vossos pequenos, porque só assim criarão indivíduos preparados para enfrentar a sociedade de uma forma equilibrada. E terão o retorno... os vossos filhos respeitar-vos-ão, por
se sentirem por vós respeitados.
Boa semana!
A educadora,
Sílvia Barros
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