Mais uma sexta-feira passada na sala do 1º. Ciclo...

... com os horários e as rotinas habituais.

Dos 4 alunos que vieram integrar a turma, 3 deles vieram pela segunda vez e 1 delas veio pela primeira vez. O toque da campaínha é sempre aguardado com expetativa e ansiedade. Os Picassinhos que participaram pela segunda vez demonstravam maior tranquilidade e à vontade. Foi interessante captar no diálogo sussurado entre eles, depois de uma solicitação da professora para realizarem o trabalho com calma e com perfeição – “podemos fazer os trabalhos devagarinho, porque se acabarmos rápido não vamos logo brincar, aqui é para trabalhar”. Esta expressão denota já um sentido de responsabilidade, que começa aos poucos a fazer parte das suas formas de estar e da compreensão da diferença entre aluno do pré-escolar e aluno do 1º. Ciclo.

Na parte da manhã, os Picassinhos trabalharam individualmente no seu manual, enquanto que os alunos do 1º. Ciclo desempenhavam as suas tarefas nos manuais escolares. A hora do almoço e do lanche correu com normalidade; a ansiedade de ir ter com os restantes amigos e de partilhar com eles o que já tinham feito, era enorme. Como o tempo permitiu, foram brincar até à quintinha e, quando soa o toque da campainha balançou a vontade de ficar e o querer/ter que regressar à sala.

Na parte da tarde experimentaram uma nova postura na sala de aula, tornando-se alunos participativos da aula. Os alunos do 1º. Ciclo estavam a trabalhar os animais domésticos e selvagens e um dos conteúdos explorados foi “o que os animais nos dão para a alimentação ou para a confeção de produtos”. Foram visualizadas imagens dos animais no computador e, ordenadamente, foram intervindo na exploração da temática. Esta nova experiência reforça a importância da participação, enquanto enriquecimento do diálogo e da interação entre todos os intervenientes e, da intervenção ordenada, promotora da igualdade de oportunidades e de um ambiente propício à assimilação de conteúdos. A última atividade foi a audição de uma história “A Mãe Cegonha” de Júlio Isidro, que apela ao lado maternal e ao sentido protetor dos animais e, mais uma vez, manifestaram a sua opinião em relação à história.

Mais um dia, mais uma experiência que avaliaram como positiva e que lhes permitiu enriquecer o seu percurso de transição.

A professora do 1º ciclo

Sofia Sampaio